Não sei qual dupla me deixa mais feliz. Se é o retorno da já conhecida parceria entre Michael Haneke e Isabelle Huppert ou se é a estreia do duo Gus Van Sant e Bret Easton Ellis.
Ellis e Van Sant são dois grande autores sobre a juventude. O primeiro escreveu um dos marcos da literatura americana de 80, Abaixo de Zero, um vigoroso retrato da pós-adolescência. O segundo é um poeta audiovisual, diretor de obras como Elefante e Paranoid Park. Apesar de o projeto que Ellis e Van Sant vão escrever juntos abordar personagens um pouco menos jovens, parece um tema perfeito para a dupla. Trata-se de um roteiro baseado em um artigo que saiu na Variety, sobre um casal de artista cometeu suicídio. Ninguém sabe muito bem o que há por trás desta história, mas após muitas pesquisas feitas em decorrência da morte de ambos, foi descoberto que eles viviam em um estado de paranóia, achavam que eram perseguidos por governo, por organizações religiosas, como a Cientologia. Em uma das passagens do artigo, a jornalista Nancy Jo Sales, diz que existem muitos textos jornalísticos que falam sobre a perseguição feita pela Cientologia. Em um deles, o autor Richard Behar afirma que a religião é “um lucrativo e global empreendimento que sobrevive intimidando membros e críticos, como na Máfia”. Behar foi processado. Enfim, nada disso pode ser provado, mas o fato é que os artistas estavam sendo perseguidos (na realidade ou na mente deles).
Já Haneke e Huppert estarão juntos para fazer uma obra sobre a velhice. Não há muitas informações, mas só um pequena notinha sobre a trama mostra que o diretor austríaco continuará provocador como sempre. O filme tratará sobre o desgate físico na terceira idade e toda humilhação que isso pode envolver. Dizem, segundo o blog Playlist, que terá muita música no meio do filme. Haneke ainda contará com Jean-Louis Trintignant, ator ganhador de Cannes por Z, com 78 anos nas costas.
Ah, para quem quiser ler o ótimo artigo da Variety, é só clicar aqui.
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