Puro romantismo; Cinema clássico lindo de morrer; meticulosamente arquitetado; simplesmente genial. E numa obra que beira à perfeição, Minelli traria à tona sua visão sobre os bastidores de Hollywood, onde os personagens não passam de marionetes que o diretor utiliza como artifícios para discutir relações e valores. E o espectador, por mais que tente, não sai ileso – é praticamente jogado aos flashbacks, e relembra a história de modo como que acompanhasse todo aquele processo de decadência dos protagonistas.
Quesito importante no filme são as atuações. Kirk Douglas em seu melhor papel, e Lana Turner com dupla personalidade á algo que não se vê todo dia. Douglas sabe trazer a sua pele a personagem que interpreta, literalmente. E Lana Turner é aquela diva que é eterna, linda e talentosa. Tudo ali na relação entre ambos é muito humano, e no momento que surgi o ódio, o coração quebra-se ao meio, puta que pariu.
Algumas sacadas geniais que Minelli integra à sua narrativa trazem ao filme um ritmo divertido de acompanhar, como algumas piadas descontraídas dos astros que compõem a grande mise-en-scène do filme. Todos aqueles travellings, enquadramentos, fotografias em P&B, etc, trazem ao mesmo uma arte impecável, perfeitamente adequada às situações. Se no Cinema, para alguns, ocorre somente felicidades aos responsáveis pelos filmes, há de se ver The Bad and the Beautiful – um retrato divertido, porém verdadeiro e humano dentro do contexto de Hollywood, que mostra como nenhum outro as reais facetas do homem em busca de sucesso.
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