Saturday, September 26, 2009

» Up - Altas Aventuras

(Nota: 9,0)

Título Original:Up

Gênero: Animação

Diretor(es):Pete Docter.

Roteiristas: Bob Peterson.

Ano de Lançamento: 2009.

Elenco: Edward Asner, Christopher Plummer, Jordan Nagai, Bob Peterson, Delroy Lindo, Jerome Ranft, John Ratzenberger, David Kaye, Elie Docter, Jeremy Leary, Mickie McGowan, Danny Mann.

Duração: 96 minutos.

Quando está para surgir aquela animação que vem pra abalar as estruturas, que vem para mudar o conceito de desenho para criança, sempre há um forte alvoroço em torno do que ela realmente pode passar. Não canso de falar que isso às vezes pode ser bem positivo, pelo seu caráter seletivo, mas também pode ser um ponto negativo haja vista o depósito contundente de muitas fichas em algo que pode ter um objetivo pífio para alguns espectadores. Desse modo, tento me despir de muitas expectativas para que assim possa captar a essência do filme.

Carl Fredricksen é um senhor idoso aposentado que vive solitariamente em sua casa após a morte da sua querida mulher Ellie. Vítima dos grandes conglomerados de construtoras, Carl está prestes a perder a casa na qual passou quase toda sua vida juntamente com sua falecida esposa. Após ter batido na cabeça de um homem com uma bengala, ele é julgado e condenado sendo considerado uma ameaça pública e, por isso, foi ‘condenado’ a viver num asilo. Triste por ser privado de sua liberdade, Carl decide fazer o que ele e sua mulher sempre sonharam: viajar até a América do Sul e conhecer o paraíso das cachoeiras, sendo que de forma inusitada colocando balões com gás hélio sob a chaminé de sua casa.

Antes de qualquer coisa, creio que uma das coisas extremamente marcantes das animações da Pixar são seus curtas que sempre permeiam o solo para a chegada da animação. O que abre tal película, denominado de Parcialmente Nublado, tem um sentindo bastante infantil quando nos permite perceber que a história que outrora fora contada para nós quando pequenos, toma forma na condição de cegonhas que trazem os bebês do céu, sejam eles animais ou humanos. Quanto ao longa, seu andamento inicial nos mostra uma história que aparenta ser bem agradável e que procura ser clara porém não tão minuciosa. Talvez nesse momento eu tenha sentido um pouco de insegurança na contagem apressada da história da vida de casal de Carl, senti a necessidade de ter mais de Ellie, mas acabei percebendo que não era esse o objetivo central.

Quando chegaram ao paraíso das cachoeiras, Carl juntamente com Russell (um garotinho pequeno e aventureiro), passeiam pela floresta e por um momento me lembrou o Parque dos Dinossauros, quando o pássaro gigante passa a segui-los. Outro fator interessante é o modo enfático como a direção fotográfico prima pela sempre evidência da aliança do protagonista, mostrando sua fidelidade perante sua esposa mesmo após sua morte. A Trilha Sonora é a grande parceira do roteiro, que nos permite acelerar mais o coração ou então nos deixar comovido com o momento de tristeza que Carl passa. É uma boa história que nos passa um protagonista que tinha tudo pra ser repulsivo em função de seu rabujo, mas que mostra simplicidade, humildade e camaradagem. Mais uma vez esse estúdio consegue nos surpreender.

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