Sunday, September 27, 2009

Próxima crise - cinema?

mais gente nos GAMES do que no CINEMA…

…nos EUA. relatório que acaba de sair, feito pelo npd group, dá conta de que 63% dos americanos jogaram algum tipo de game [sim, game mesmo, e não baseball ou futebol real, físico] nos últimos seis meses, enquanto apenas 53% saíram de casa pra ver um filme no mesmo período.

segundo a pesquisa, os jogadores gastam cerca de US$13 por mês em “todos os tipos de conteúdos associados a jogos”. pouco, para os estados unidos; pelas contas de hoje, pouco mais de R$26 por mês. o preço médio de uma entrada de cinema nos EUA é US$7.18; nos grandes cinemas das grandes cidades, a entrada sai por US$10, uma pipoca sai por US$6 e um refri por US$4. um casal, duas crianças, um filme qualquer, e lá se foram US$80. caro demais, não?

melhor comprar um nintendo wii, que sai por US$249 na amazon, um lote de jogos [mario kart sai por US$49] e mandar ver. na vasta maioria dos casos, a família interage e aprende muito mais: você, por exemplo, já jogou mario kart com seu filho pequeno, ele lhe ensinando?… não tem preço. e isso sem falar que, sem ir ao cinema, você ainda pode [mas este blog não aconselha tal comportamento] pegar todo e qualquer filme em alguma torrent por aí, caso em que o cinema em casa sai por um custo, literalmente, marginal.

a gente já falou disso aqui muitas vezes: trata-se de uma mudança radical de certos modelos de suporte físico na indústria de mídia. dia destes, falamos sobre coisas como kindle e literatura; tempos atrás, e várias vezes, sobre a internet, as notícias e os jornais e, vez por outra quase sempre, sobre música, que sempre incendeia o que resta da indústria de “gravação”.

agora pense: e se as pessoas acham, hoje, que o custo vs. benefício de jogar, no computador, console ou web, é muito melhor do que ir ao cinema, fazer o que?… obrigá-las a ir ao cinema? nesse caso, a indústria precisa alistar o ministro hélio costa, que está em campanha pra tirar os “jovens” da internet e mandá-los de volta à… televisão. vai ver ele assume, também, as dores dos cinemas vazios, nos EUA e no mundo.

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