Não consegui pensar em muita coisa útil para dizer sobre Little Murders não. Então, digo que gostei muito mesmo, dá para entrar fácil em listas de favoritos segmentadas (melhores dos 70, melhores estréias em direção, melhores filmes dirigidos por atores, top 5 do Donald Sutherland, top 5 do Elliout Gould), como certamente estar presente na lista absoluta e continuamente crescente de melhores dos tempos todos. Mesmo que se queira apontar 70% de culpa para o texto do Feiffer, a direção do Arkin é impressionante. Ele mostra soluções cheias de ineditismo, como toda a sequência do jantar em família, com a energia da casa falhando e o estranhamento causado pelo comportamento dos presentes; o monólogo do juiz ecoando como voz onipresente nos corredores do tribunal; e a realmente espetacular sequência em que a Patsy finalmente consegue o que quer, para depois deixar a impressão de que essa era a sua única tarefa a cumprir enquanto ser vivo. No geral, tem-se a impressão de que ele quis reproduzir em todo o filme o tom criado pelo Nichols para Catch-22, como se, só através desse molde, fosse possível falar de apatia e indignação via humor. Por baixo desses temas maiores, existem opiniões sendo expressadas sobre outros tópicos importantes em um curso de filosofia, todas elas em perfeita concordância com o que uma biografia não-autorizada sobre meu eu deixaria entrever.
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